
No céu flutuavam trapos
de nuvem - quatro farrapos:
do primeiro ao terceiro - gente;
o quarto - um camelo errante.
A ele, levado pelo instinto,
no caminho junta-se um quinto.
Do seio azul do céu, pé-ante-
pé, se desgarra um elefante.
Um sexto salta - parece.
Susto: o grupo desaparece.
E em seu rastro agora se estafa
o sol - amarela girafa.
1917-18
Maiakóvski
(Tradução de Augusto dos Campos)
de nuvem - quatro farrapos:
do primeiro ao terceiro - gente;
o quarto - um camelo errante.
A ele, levado pelo instinto,
no caminho junta-se um quinto.
Do seio azul do céu, pé-ante-
pé, se desgarra um elefante.
Um sexto salta - parece.
Susto: o grupo desaparece.
E em seu rastro agora se estafa
o sol - amarela girafa.
1917-18
Maiakóvski
(Tradução de Augusto dos Campos)
6 comentários:
Lindo! Hermano, por essas e outras que eu te amo =)
É do Hermano?
Dizem que na verdade vemos as formas das nuvens de acordo com aquilo que desejamos no momento. Um vez vi uma garrafa, era um dia quente de verão e com certeza a garrafa era de cerveja.
É do hermano não. hehe. É o hermano que postou!
Linda foto! Linda poesia!
Essa foto lembra minha infância... ai que delícia era assoprar os pelinhos dessa plantinha e vê-los sumindo pelos ares....queria ser um pelinho desses...rs
Dri
Eu lembrava do "pé ante/pé, se desgarra um elefante" que fez parte de uma pergunta de um livro de português quando eu era da 1ª ou 2ª série... eu tinha 8 anos e achei essa poesia aqui buscando esse trecho ^^
Postar um comentário