domingo, 28 de dezembro de 2008

Mudanças

Fim de ano, mais uma mudança... Mudança?

Bom... são 2009 mudanças desde que Maria deu a luz, mais algumas anteriores a essas. Tipo, algumas milhares de milhões de mudanças.

Mudanças.... e quando a mudança muda? Será que muda?

Achei uma animação de Michaela Pavlátová, uma cidadã da Republica Tcheca, que tem uma bela perspectiva, dando uma contribuição com sua riquíssima pitada cotidiana.





Ps. O que vem antes do Big Bang?
Ps2. Feliz Ano Novo. Novo?

Pra quem preferir You Tube

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Sessão Lotada

Meus amigos têm razão, chega de lágrimas, reclamações, desabafos. É preciso escrever com alegria, fazer rir.
Olho para o espelho e vejo um palhaço. O rosto branco - de um branco que não existe, olhos marcados e o eterno sorriso vermelho. Poucas coisas são tão tristes quanto um palhaço. A obrigação de sorrir e fazer graça.
Afundo o algodão no demaquilante, fechem as cortinas.
Minha vida é um filme, assim como esse que acabei de assistir: Fim da 2º Guerra Mundial, a Alemanha passa fome. Pessoas esperam em filas intermináveis por pão e batatas, enquanto a garota revolta-se com o pai, que pretende vender sua balança para comprar comida. Ela precisa controlar seu peso.
Escuto a conversa de um grupo de amigos. Eles contam que, três amigos saíram com o carro do pai de um deles, sem avisar. Bateram o carro e um deles ficou inconsciente - aparentemente morto. Os outros dois ligam para a polícia e denunciam o sumiço do carro como roubo. O carro é encontrado, o garoto desacordado é resgatado, preso e condenado. Após a conversa séria, eles resolvem descontrair: a garota, morena, questiona seu amigo, na frente de todos – uma espécie de humilhação pública - por ele ter ficado com uma baranga: “ela era muito feia, além de tudo negra... uma empregada”. Eu não ficarei surpresa se eles forem fãs do Lars Von Trier.
A realidade só choca enquanto ficção. Todos os dias, ouvimos, vemos, convivemos com personagens dos filmes, mas eles não nos assustam. Deixamos pra lá, eles não sabem o que fazem. Continuamos Dançando no Escuro, e que chamem o palhaço.

domingo, 14 de dezembro de 2008

“Eu não te contarei a história da forma como aconteceu, te contarei do jeito como eu me lembro”.


E será sempre assim....

Sempre, até que venham com alguma prova irrefutável para me julgarem. Até lá estarei certo, até que minha memória resolva me trair.


Não sei bem, talvez existiam motivos prévios para que eu aqui esteja. Mas não me lembro...



Mas já que estou, vou aproveitar. Aproveitar a chance e escrever algo. Algo que talvez eu não saiba bem por que escreva, mas talvez alguém saiba o porquê de ler.


Então vamos lá, vamos ao causo. A história da criança que gostava de monstros. A história da mulher traída que não acreditava mais nos homens. A história do homem idealista, que não tinha preço, mas a vida lhe mostrou o quanto era barato.


Vamos ao causo do vespeiro que não podia ser mexido e terminou incendiado. A lenda de um povo que acreditava em um Deus único e não soube o que fazer quando viu outras possibilidades...


Cheguemos então a falar do sofrimento de Maria, que acreditou e viveu pelo amor de Nino, seu esposo, seu guia e motivo eterno de sua saudade e de seu pranto. Mas não vamos agora cogitar as noitadas de Nino... Não nos cabe.


Tentemos lembrar das histórias das alianças que voam em cenas dramáticas nas ruas de nossas cidades. Ou então contaremos as cenas de fome, as enchentes, a violência capital... Ou ainda a já tão cliché luta entre o bem e o mal...


Vamos tentar falar do inédito numa série que só se reprisa. Vamos relembrar nossas vitórias, nossas alegrias... Conseguiremos ainda pensar nos amores que não conhecemos, nos amigos que não mais falamos... Sofreremos pelas ajudas que não dêmos, pelas cagadas que fizemos.


É o que nos cabe, pelo menos é o que me cabe, mas que tal hoje tentarmos só sermos e nada mais?

Afinal, temos grandes esperanças....

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Lê a Veja? Azar o seu

Você lembra do programa “Quer namorar comigo?” Era apresentado nas noites melancólicas de domingo. Meninos de um lado, meninas do outro e Julio Iglesias para animar. Para auxiliar os pretendentes, Sílvio Santos fazia perguntas pessoais aos candidatos. As perguntas eram sempre as mesmas e as respostas também, o que fez do programa um clássico. Dentre elas: Que revista você lê? A Veja. O Silvio Respondia: É intelectual. Pois é, o programa acabou, mas há quem ainda acredite em Baú da Felicidade.
Olhem bem para essa foto (principalmente vocês meninos) e saberão como Veja + flerte= perigo!
A jovem acima prefere manter-se no anonimato, mas está disposta a responder e-mails. Solteira recente, foi convidada/intimada a conhecer um amigo de um casal de amigos. E lá foi ela, com seu melhor vestido - um belo tomara-que-caia -, cabelos asseados e de muito bom-humor.
Não foi bem um encontro às escuras, mais à meia-luz. Mesmo assim, ela sentia-se como um esquimó quebrando um Icebergue com uma marretinha. Ah! Mas todos aqueles meses na academia deixaram seus braços fortes como aço. Até que o Azar cruzou o seu destino. Seu amigo começou a criticar a revista Veja, ele argumentava sobre a duvidosa postura jornalística. Ela engrossou o coro dos descontentes, até que, o moço disse: “Ah! Eu não acho a Veja tão ruim assim”. Aquele sofá era grande demais pra ela, a frase: “Ah! Eu não acho a Veja tão ruim assim”, causara nela o mesmo efeito da pílula de nanicolina, do Chapolim Colorado. Ela foi afundando no sofá, encolhendo, não conseguia mais segurar a marretinha porque era uma formiga em comparação à ela. A noite tinha acabado e o jantar nem tinha sido servido.
Fontes extra-oficiais afirmam que, um noivo já foi abandonado no altar, após a noiva descobrir a assinatura da revista; filhos cresceram traumatizados e revoltados; sem falar nas dezenas de namoros desfeitos... Por isso, pense muito bem antes de colocar a revista em suas mãos e as idéias em sua cabeça. Leu na Veja, o Azar é seu.