11:00 -Há dias que está tudo certo. Post feito. Avenida reta. Um carro cruza o farol vermelho e te abate. Foi o que aconteceu, hoje, com a senhora que cruzava a avenida Francisco Matarazzo, esquina com o Parque da água Branca, foi atropelada pela vida. E o post certo, agora, é o errado.
Antes:
9:30 - Acordei com o telefone tocando, minha irmã me despertou, pois esqueci meu despertador, o meu celular, na casa dos meus pais. Estava saindo de casa, quando lembrei que esqueci de colocar água para planta - deixei a porta entre aberta - foi o tempo de buscar água e abrir a janela, quando voltei à porta, tinha um homem parado. Dei um grito falho - um daqueles momentos que tudo parece em câmera lenta - e questionei: o que é isso? O homem pediu desculpas e saiu. Foi para o apartamento 121, perto do elevador. Moro no 125, meu apartamento é no canto e o último do andar, não dá passagem para nenhum lugar, não há motivo para alguém ir até lá, a menos que vá até minha casa. A visão daquele homem olhando minha casa, me assustou. Claro que me senti invadida, minha bagunça de dias à mostra, mas foi bem mais do que isso. Nunca senti medo de morar sozinha. Mas ver alguém dentro da minha casa, sem o meu consentimento, me tirou do eixo.
10:25 - O caixa do banco sorridente perguntou: Tudo bem? Aquilo foi tão estranho, alguém que não conheço perguntando se eu estava bem. Respondi comercialmente: tudo bem.
10: 45 - Um homem exótico entra no ônibus, ele era bonito, mas um bonito-desconhecido, não consigo definir sua nacionalidade. Latino Americano sim, mas com um tom de pele que foge do branco ou moreno, olhos que lembram os dos chineses, porém claros.
11:00 - Ele desce, o trânsito para dentro do túnel, a ambulância tenta passar, é o anúncio do acidente - sua sirene constrange todos os passageiros, não era a sirene usual : íon,ionn, era continuo, parecia a representação do quadro o Grito, continuo em sua angústia.
12:00 - Chego no trabalho, antes de entrar, percebo que o moço que sempre cruza comigo na mesma calçada, mudou de lado.
Tudo parece tão calmo agora, olhando pela janela: a mesma planta seca no quintal;as mesmas paredes; a mesma escada abandona no canto; o mesmo sol de inverno. Só não sei precisar a razão dessa “inquietude” que corre sem parar entre meu estômago e meus olhos.
Ps: O post "certo" fica para semana que vem, se a vida não me atropelar.
Antes:
9:30 - Acordei com o telefone tocando, minha irmã me despertou, pois esqueci meu despertador, o meu celular, na casa dos meus pais. Estava saindo de casa, quando lembrei que esqueci de colocar água para planta - deixei a porta entre aberta - foi o tempo de buscar água e abrir a janela, quando voltei à porta, tinha um homem parado. Dei um grito falho - um daqueles momentos que tudo parece em câmera lenta - e questionei: o que é isso? O homem pediu desculpas e saiu. Foi para o apartamento 121, perto do elevador. Moro no 125, meu apartamento é no canto e o último do andar, não dá passagem para nenhum lugar, não há motivo para alguém ir até lá, a menos que vá até minha casa. A visão daquele homem olhando minha casa, me assustou. Claro que me senti invadida, minha bagunça de dias à mostra, mas foi bem mais do que isso. Nunca senti medo de morar sozinha. Mas ver alguém dentro da minha casa, sem o meu consentimento, me tirou do eixo.
10:25 - O caixa do banco sorridente perguntou: Tudo bem? Aquilo foi tão estranho, alguém que não conheço perguntando se eu estava bem. Respondi comercialmente: tudo bem.
10: 45 - Um homem exótico entra no ônibus, ele era bonito, mas um bonito-desconhecido, não consigo definir sua nacionalidade. Latino Americano sim, mas com um tom de pele que foge do branco ou moreno, olhos que lembram os dos chineses, porém claros.
11:00 - Ele desce, o trânsito para dentro do túnel, a ambulância tenta passar, é o anúncio do acidente - sua sirene constrange todos os passageiros, não era a sirene usual : íon,ionn, era continuo, parecia a representação do quadro o Grito, continuo em sua angústia.
12:00 - Chego no trabalho, antes de entrar, percebo que o moço que sempre cruza comigo na mesma calçada, mudou de lado.
Tudo parece tão calmo agora, olhando pela janela: a mesma planta seca no quintal;as mesmas paredes; a mesma escada abandona no canto; o mesmo sol de inverno. Só não sei precisar a razão dessa “inquietude” que corre sem parar entre meu estômago e meus olhos.
Ps: O post "certo" fica para semana que vem, se a vida não me atropelar.
3 comentários:
Clau, amiga...
nesses dias tão estranhos, fica poeira se escondendo pelos cantos...
Clauuu,
VocÊ tem que escrever sempre! Adoro suas pitadas cotidianas!
beijos,
Vanessa
"A vida sempre nos prega peças...e o q sabe viver bem sabe também lidar com os improvisos...muito bem escrito..."
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