"Eis um depoimento da época: Dom Pedro mandou que fizessem para ela um mausoléu de pedra branca, inteira e sutilmente trabalhado, representando, sobre a tampa, sua cabeça coroada como se ela, Inês de Castro, houvesse sido rainha; e foi esse mausoléu que ele mandou colocar em Alcobaça [...]. O corpo viajou em um ótimo cortejo para a época, desses em que há grandes cavalos montados por grandes cavaleiros, damas e donzelas e muita gente do clero; e ao longo do caminho havia mais de mil homens com círios nas mãos, dispostos de maneira que seu corpo seguiu durante todo o caminho entre as velas acesas.
O rei Pedro I mandou esculpir sua história em detalhes no próprio túmulo. E quando ele morreu, em janeiro de 1367, seu corpo foi enterrado próximo da bem-amada. Os corpos não foram colocados lado a lado, como seria mais natural, mas um de frente para o outro, para que no dia da ressurreição pudessem se levantar e cair nos braços um do outro.
Os suntuosos túmulos de pedra branca dos trágicos amantes podem ser visitados no mosteiro de Santa Maria de Alcobaça. Sobre o de Pedro, está escrito que os dois permanecerão juntos até o fim do mundo...."
Amor morre? Não pra mim, amor é feito passarinho, não morre, migra.
Recentemente reencontrei um amor, foi como visitar um túmulo, estava tudo lá. A mesma árvore onde escrevemos nossos nomes, a mesma casa, o mesmo passeio de moto no fim de domingo, até o mesmo pôr- do- sol. Os mesmos corpos.
Mas ao contrário do que você pode pensar, eu não era Inês, eu era aquela vela acessa que lhe fazia reverência. Não tenho dúvida que, um dia, acordamos eu e o meu amor e permanecemos abraçados até hoje. Não é ficção científica, é sentir .
Acredito que cada um de nós, Pedros e Inês, vivemos em tempos distintos. A magia ou , se preferir, o amor, é o encontro desses tempos. O mistério, o tempo desse encontro é irregular – pra mais ou pra menos, não importa. O pacto se cumpriu. Estão dispersos no tempo e no espaço da eternidade o gosto dos nossos beijos, nossa transpiração, nossa falta de ar, a sonoridade do dilatar nosso coração, o teu cheiro e o meu. .. você e eu estamos pulverizados pelo mundo, quem sabe um beija- flor já se alimentou da doçura de seus lábios ou alguém já sentiu o perfume feito da junção de nossos corpos.
Assim, quando deparar-se com a Inês, não tema, chega de brincar de caça fantasma. Inês está viva, por isso, beije-a!
O rei Pedro I mandou esculpir sua história em detalhes no próprio túmulo. E quando ele morreu, em janeiro de 1367, seu corpo foi enterrado próximo da bem-amada. Os corpos não foram colocados lado a lado, como seria mais natural, mas um de frente para o outro, para que no dia da ressurreição pudessem se levantar e cair nos braços um do outro.
Os suntuosos túmulos de pedra branca dos trágicos amantes podem ser visitados no mosteiro de Santa Maria de Alcobaça. Sobre o de Pedro, está escrito que os dois permanecerão juntos até o fim do mundo...."
Amor morre? Não pra mim, amor é feito passarinho, não morre, migra.
Recentemente reencontrei um amor, foi como visitar um túmulo, estava tudo lá. A mesma árvore onde escrevemos nossos nomes, a mesma casa, o mesmo passeio de moto no fim de domingo, até o mesmo pôr- do- sol. Os mesmos corpos.
Mas ao contrário do que você pode pensar, eu não era Inês, eu era aquela vela acessa que lhe fazia reverência. Não tenho dúvida que, um dia, acordamos eu e o meu amor e permanecemos abraçados até hoje. Não é ficção científica, é sentir .
Acredito que cada um de nós, Pedros e Inês, vivemos em tempos distintos. A magia ou , se preferir, o amor, é o encontro desses tempos. O mistério, o tempo desse encontro é irregular – pra mais ou pra menos, não importa. O pacto se cumpriu. Estão dispersos no tempo e no espaço da eternidade o gosto dos nossos beijos, nossa transpiração, nossa falta de ar, a sonoridade do dilatar nosso coração, o teu cheiro e o meu. .. você e eu estamos pulverizados pelo mundo, quem sabe um beija- flor já se alimentou da doçura de seus lábios ou alguém já sentiu o perfume feito da junção de nossos corpos.
Assim, quando deparar-se com a Inês, não tema, chega de brincar de caça fantasma. Inês está viva, por isso, beije-a!
10 comentários:
"Se alguém quiser fazer por mim
que faça agora, Me dê as flores em vida e carinho, a mão amiga para aliviar meus ais
Depois que eu me chamar saudade
não preciso de vaidade
quero preces e nada mais."
Ja dízia nosso mestre Nelson Cavaquinho...
profundo pensamento hermana
beijo
Na verdade acredito que os versos são do Guilherme de Brito rsrs
Huuuuuuuummmmmm adorei!!!
Mais um belo texto...Renato Russo disse em uma música "quem inventou o amor, me explica por favor?". Gostei muito da sua "explicação" (na verdade, explanação) sobre o amor, esse sentimento supremo e eterno, que não morre, mas curiosamente, pode ressuscitar (ou quem sabe remigrar, não é mesmo?)...enfim, como vc mesmo disse, não vale à pena esperar pela morte para cair nos braços do seu amor, melhor mesmo é aproveitar esses momentos em vida.
bem lembrado "dentro da menina ainda dança"
amo essa música
e amei esse texto
tb acho q amor não morre !!!
"Amor não morrem, migra" é uma ótima expressão. Registre logo, antes que casais apaixonados a roubem. Muito bom o post.
O nosso amor a gente inventa? E quando acaba a gente pensa que ele nunca existiu?!?
Muito bom Clau!!!
Andreio
AMOR... ♥
Palavra simples de dizer, porém difícil de traduzir....
Pois é..concordo com vc...amor não morre, se migra não sei, o tempo preserva o amor, mas não preserva os corpos em sua esplendorosa juventude,e em sua existência, no decorrer dela, nada mais faz q amadurecer o amor, alinhar seu destino ou acaso...belo texto
Clau....teus textos estão ótimos...nunca mais tinha entrado no teu blog...parabéns amiga...saudades de você...amei o "amor não morre, migra"...demais...
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