quinta-feira, 30 de abril de 2009

Gostoso ser conduzido
Não definir o caminho
Ou pelo menos, não todo ele

Delícia cavalgar sem rédeas
Ao bel prazer do surreal
Fluir conforme a maré

Fácil é andar sem decisões
Na contramão das tendências lógicas
No refluxo vespertino
E tentar herdar o espólio irreal
Torcer pela fantasia e abstrair a sintaxe.

Nutri-se da fome rotineira
Surgir na alvorada escura
E fazer a fotossíntese lunar

Desejar sumir em um copo americano
Ser absorvido pelas raízes de uma árvore urbana
E por fim, plagiar tudo aquilo que ainda não foi pensado

Mas, por ora, elaboremos mais um orçamento.

4 comentários:

Paulinha Barboni disse...

Deixa correr...

Mas a parte do orçamento sempre me deixa depressiva!! rssrsr

beijo!

Bazar do Desapego disse...

Ô hermano, querido. Gostoso é ler seus poemas! Que delíciaaaaaa

Vanessa disse...

Adoreiii!

Dani Brait disse...

gostoso também é poder pensar tudo isso, e rabiscar num papel...