domingo, 14 de dezembro de 2008

“Eu não te contarei a história da forma como aconteceu, te contarei do jeito como eu me lembro”.


E será sempre assim....

Sempre, até que venham com alguma prova irrefutável para me julgarem. Até lá estarei certo, até que minha memória resolva me trair.


Não sei bem, talvez existiam motivos prévios para que eu aqui esteja. Mas não me lembro...



Mas já que estou, vou aproveitar. Aproveitar a chance e escrever algo. Algo que talvez eu não saiba bem por que escreva, mas talvez alguém saiba o porquê de ler.


Então vamos lá, vamos ao causo. A história da criança que gostava de monstros. A história da mulher traída que não acreditava mais nos homens. A história do homem idealista, que não tinha preço, mas a vida lhe mostrou o quanto era barato.


Vamos ao causo do vespeiro que não podia ser mexido e terminou incendiado. A lenda de um povo que acreditava em um Deus único e não soube o que fazer quando viu outras possibilidades...


Cheguemos então a falar do sofrimento de Maria, que acreditou e viveu pelo amor de Nino, seu esposo, seu guia e motivo eterno de sua saudade e de seu pranto. Mas não vamos agora cogitar as noitadas de Nino... Não nos cabe.


Tentemos lembrar das histórias das alianças que voam em cenas dramáticas nas ruas de nossas cidades. Ou então contaremos as cenas de fome, as enchentes, a violência capital... Ou ainda a já tão cliché luta entre o bem e o mal...


Vamos tentar falar do inédito numa série que só se reprisa. Vamos relembrar nossas vitórias, nossas alegrias... Conseguiremos ainda pensar nos amores que não conhecemos, nos amigos que não mais falamos... Sofreremos pelas ajudas que não dêmos, pelas cagadas que fizemos.


É o que nos cabe, pelo menos é o que me cabe, mas que tal hoje tentarmos só sermos e nada mais?

Afinal, temos grandes esperanças....

4 comentários:

Anônimo disse...

Bravo, bravo, bravíssimo!!!! Resolveu escrever seu safado!! rs - Não entendi a figura, me manda por e-mail? rs

Anônimo disse...

Hermano,

Que bonito!
Eu quero só ser...rs

Beijos

Anônimo disse...

"Vamos tentar falar do inédito numa série que só se reprisa."

Gostei disso!!! hehehe

Mto bom Mill

Beijos

Vanessa disse...

Huuuummm belo texto!!!